Slow Fashion: Uma outra maneira de consumir moda

Você provavelmente já conhece e sabe o que significa o termo fast food, né? Em contrapartida a esse conceito, existe outro conceito chamado slow food, criado nos anos 90 na Itália. Esse movimento promove a mudança do estilo de vida através da alimentação e hábitos saudáveis. Apreciar a comida, aproveitar a experiência de comer, totalmente ao contrário do que propõe o fast food.

Você sabia que esses dois conceitos divergentes também existem no mundo da moda? Fast Fashion e Slow Fashion. O sistema Fast Fashion envolve a produção em massa de roupas e sapatos. Num movimento imediatista e acelerado é oferecido um produto com um ciclo de vida curtíssimo, pois materiais baratos são utilizados como matéria prima, os preços são incrivelmente baixos e o impacto ambiental que acontece desde a produção até a quantidade de lixo gerada não é minimamente considerado.

O fast fashion gera anualmente quantidades imensas de lixo.

‘Antigamente as roupas duravam muito mais, a qualidade era melhor!’. Muitos de nós já ouvimos ou até mesmo dissemos essa frase. E ela é verdadeira. Antigamente, no mundo da moda, a fabricação de roupas e sapatos era sem pressa e a qualidade dos produtos era uma prioridade. Após a Revolução Industrial esse conceito mudou devido à tecnologia que vinha sendo criada e a produção em larga e rápida escala ditava um novo ritmo de criação.

Como o próprio nome já entrega, o conceito Slow Fashion vem totalmente na contramão do conceito acima. A ‘moda lenta’ surge no ano de 2004 em Londres por Angela Murrills, uma escritora de moda, e se popularizou após ser muito citada em blogs e revistas de moda. Mas afinal, o que realmente significa o slow fashion? Explicaremos alguns pontos desse movimento e assim você poderá entender o por que é essencial que você, empreendedor lojista, considere essa alternativa. Vamos lá?

O Slow Fashion valoriza o local, e não o global! Grandes marcas promovem uma produção globalizada, com produtos iguais por todo o mundo – o que causa a desvalorização dos consumidores, ignora especificidades culturais de cada local e consome recursos demais. Para resistir à globalização e padronização, o Slow Fashion valoriza a produção local, incluindo pessoas e recursos. Assim, os produtos criados são originais, os recursos locais são utilizados da melhor maneira e a sociedade local é valorizada. As diferenças culturais e sociais são consideradas na ‘moda lenta’, diferente do Fast Fashion, que força uma homogeneização.

Slow Fashion valoriza o produtor local

O Slow Fashion tem um sistema de produção coerente

Neste modelo, a produção é transparente, portanto você saberá a origem da matéria prima, quem produziu e outras informações que parecem bobas e não muito pertinentes. Porém a partir do momento em que você começa a se tornar consciente sobre o que consome, esse tipo de background sobre o que você está colocando em seu carrinho de compras se torna essencial. Existe um vínculo mais restrito entre consumidor e produtor, portanto surge uma responsabilidade quanto a qualidade, afinal o produtor passa a conhecer o consumidor do seu produto.

Além desses, existem vários outros diferenciais que podem ser tratados dentro do slow fashion: atuação colaborativa para o trabalho, sustentabilidade, moda como escolha e não obrigação, criação socialmente responsável, e a lista continua!

É interessante que o lojista considere a integração de alguns, senão todos, conceitos do slow fashion em seu negócio. É um movimento que tem crescido exponencialmente, visto que as pessoas têm entendido e sentido as consequências de uma produção globalizada e desenfreada de produtos que tem uma durabilidade pequena. Isso pode ser incorporado desde a escolha de tecidos, por exemplo, até o descarte correto de resíduos.

A ‘moda lenta’ estimula vínculos locais entre consumidor e produtor!

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