Retomada positiva no mercado – 2020

Após a forte queda nas atividades econômicas, a expectativa para o restante do ano é de uma recuperação gradual, mas também há quem aposte em uma retomada acelerada, já que, no aspecto macroeconômico, o Brasil está em uma condição melhor do que em crises anteriores. 

O Banco Mundial (BM) e Fundo Monetário Internacional (FMI) projetam que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro se recupere de forma modesta no próximo ano após estimarem um tombo, de 5% e de 5,3%, respectivamente em 2020. Para 2021, enquanto o BM prevê uma alta de apenas 1,5%, o Fundo estima um crescimento de 2,9%. Pensando positivamente, analistas veem um cenário em que o PIB pode crescer entre 4% e 5% no próximo ano.

O aumento do desemprego vai deter a retomada mais acelerada, a taxa de desocupação deve cair somente em 2021. Outra questão é a falta de espaço para a expansão de crédito às famílias e a diminuição do caixa das empresas. A retomada gradual da situação do isolamento social e a forte queda do comércio internacional são os fatores que devem levar ao crescimento do PIB em 2021, depois de uma forte queda de 5% em 2020. 

Na ponta positiva, o Itaú estima uma queda menor do PIB em 2020, de 2,5% e um crescimento de 4,7% para o ano que vem. Taxas de juros a inflação baixas com as condições financeiras menos apertadas vão permitir que a economia retome mais rapidamente em comparação com a crise dos anos de 2015/2016.

A retomada, segundo a estimativa, se iniciou no terceiro trimestre, quando a atividade chegasse ao mesmo nível comparado com o ano passado. A reforma trabalhista pode mitigar o aumento da desocupação.Outro fator que deve impulsionar o PIB em 2021 é o crescimento da China, que é estimado em 9,2% pelo FMI. 

No mês de setembro, a Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia avaliou que os dados dos meses de junho e julho mostram uma rápida recuperação da economia, confirmando a retomada em V, caracterizada por  uma queda forte seguida de recuperação rápida.. Ainda segundo a entidade, esses bons resultados podem ser explicados pelas políticas realizadas pelo governo federal de proteção ao emprego formal e concessão do auxílio emergencial.  

O índice marcou crescimento de 5% em relação à grande queda que aconteceu no mês de abril, mas ainda precisa crescer 17% para retornar ao patamar anterior à crise. Segundo dados do IBGE, as vendas de varejo tiveram alta de 5,2% em julho em comparação com junho, acima da alta de 1,2%, estimada pelo mercado.

Uma avaliação do dados do varejo indicam retomada em V, justificada pela elevação da demanda após a forte injeção de recursos do governo com o auxílio à informais e vulneráveis. É projetada uma alta de 9% para o PIB no terceiro trimestre, seguido por um menor desempenho nos últimos três meses do ano. Com isso, o PIB em 2020 sofreria retração de 4,5%, subindo 3% em 2021. 

Apesar de ainda sentirmos alguns fatores relacionados à crise econômica, é preciso pensar a longo prazo e projetar o que nos espera nos próximos meses. O crescimento descrito apesar de ainda causar desencanto e preocupações, é um saldo positivo com relação ao crescimento, desenvolvimento econômico e à melhoria de nossa situação no contexto global.

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